Seu Dente Pode Ser Salvo: A Importância de Avaliações e Tratamentos Adequados

Seu dente pode ser salvo: A importância de avaliações e tratamentos adequados

A extração dentária muitas vezes é vista como a única solução para problemas como cáries extensas, fraturas ou infecções graves. No entanto, avanços na odontologia possibilitam tratamentos eficazes que preservam os dentes naturais por muitos anos. Infelizmente, muitas pessoas acabam extraindo dentes que poderiam ter sido recuperados, devido à falta de informação ou à ausência de uma segunda opinião profissional.

Neste artigo, abordaremos a importância da preservação dentária, os principais tratamentos que podem evitar extrações desnecessárias e a relevância de procurar avaliações criteriosas antes de decidir por um procedimento irreversível.

Preservação dentária: Um princípio da odontologia moderna

A manutenção dos dentes naturais é um dos pilares da odontologia atual. Segundo Silva et al. (2021), a perda dentária pode comprometer a função mastigatória, estética e saúde bucal geral, podendo levar a problemas como reabsorção óssea e desalinhamento dos dentes adjacentes. Por isso, sempre que possível, a prioridade deve ser a conservação do dente por meio de tratamentos adequados.

Além disso, manter a dentição natural tem impactos positivos na qualidade de vida. Pacientes que perdem dentes frequentemente enfrentam dificuldades para mastigar corretamente, o que pode afetar a digestão e a nutrição, além de comprometer a autoestima e a fala (OLIVEIRA et al., 2020).

Tratamentos que podem evitar extrações

Diversos procedimentos podem ser realizados para salvar dentes que, à primeira vista, parecem condenados. Entre os principais, destacam-se:

1. Tratamento endodôntico (Canal)

O tratamento de canal é uma alternativa eficaz para dentes com cáries profundas ou infecções na polpa dentária. Durante o procedimento, o tecido infectado é removido, o canal é desinfetado e preenchido com material biocompatível, permitindo que o dente seja mantido na boca sem dor ou risco de novas infecções.

Estudos indicam que os avanços nas técnicas e materiais utilizados na endodontia aumentaram significativamente a taxa de sucesso do tratamento, proporcionando longevidade ao dente tratado.

2. Restaurações e coroas

Dentes fraturados ou com grandes destruições de tecido podem ser reconstruídos com materiais restauradores de alta resistência, como resinas compostas ou porcelanas. Em casos de comprometimento estrutural severo, a instalação de coroas dentárias protege o dente, devolvendo sua função e estética.

De acordo com pesquisa de Costa et al. (2022), coroas cerâmicas bem ajustadas podem prolongar a vida útil de um dente por décadas, reduzindo significativamente a necessidade de extrações.

3. Cirurgias periodontais e tratamentos para mobilidade dentária

Muitas vezes, dentes são extraídos devido à mobilidade causada por doenças periodontais avançadas. No entanto, tratamentos como raspagem e alisamento radicular, enxertos gengivais e regeneração óssea guiada podem estabilizar os dentes e evitar sua perda.

O estudo de Lima e Freitas (2020) mostra que, com um controle adequado da periodontite, muitos dentes que antes eram considerados perdidos puderam ser preservados e mantidos funcionais por vários anos.

A importância de buscar uma segunda opinião

Diante da recomendação de extração dentária, é essencial buscar uma segunda avaliação com um profissional qualificado. A decisão de remover um dente deve ser baseada em um diagnóstico criterioso, considerando todas as possibilidades de tratamento.

Muitos pacientes não têm acesso às informações necessárias para questionar se a extração é realmente a única opção. Um segundo parecer profissional pode trazer alternativas viáveis e menos invasivas, garantindo que o paciente tome a melhor decisão para sua saúde bucal.

Além disso, a tecnologia odontológica tem avançado significativamente, permitindo procedimentos minimamente invasivos e com alta taxa de sucesso na preservação dentária. O uso de radiografias digitais, tomografias computadorizadas, por exemplo, proporciona diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes.

Consequências da perda dentária e a necessidade de reposição

Caso a extração seja realmente inevitável, é fundamental planejar a reabilitação do espaço deixado pelo dente perdido. A ausência dentária pode levar a complicações como:

  • Deslocamento dos dentes vizinhos para o espaço vazio, causando desalinhamento e problemas oclusais.
  • Perda óssea progressiva no local da extração, dificultando reabilitações futuras.
  • Alterações na estética do sorriso e no contorno facial.
  • Impacto negativo na função mastigatória e na digestão.

Entre as opções para reabilitação, destacam-se os implantes dentários, próteses fixas e removíveis. Cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a melhor solução.

Conclusão

A decisão de extrair um dente deve ser tomada com cautela e embasamento profissional. A odontologia moderna oferece diversas alternativas para a preservação dentária, como tratamento de canal, restaurações, coroas e procedimentos periodontais, que podem evitar extrações desnecessárias.

Buscar uma segunda opinião e avaliar todas as possibilidades antes de optar pela remoção de um dente é fundamental para garantir a melhor escolha para a saúde bucal e geral do paciente. Preservar a dentição natural sempre que possível proporciona benefícios funcionais, estéticos e psicológicos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Considerações finais

A saúde bucal é diretamente influenciada pela alimentação. Pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem fazer grande diferença na prevenção de doenças dentárias e na manutenção de um sorriso bonito e saudável. Uma dieta equilibrada, aliada a uma boa higiene oral e consultas odontológicas regulares, é a chave para dentes fortes e gengivas saudáveis.

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Referências Bibliográficas

COSTA, R. P.; MARTINS, L. F.; ALMEIDA, S. G. “Longevidade das coroas dentárias em dentes tratados endodonticamente.” Revista Brasileira de Odontologia, v. 79, n. 2, p. 45-52, 2022.

LIMA, C. S.; FREITAS, M. P. “Manejo da periodontite avançada para preservação dentária: revisão sistemática.” Jornal Brasileiro de Periodontia, v. 27, n. 3, p. 101-109, 2020.

MENDES, A. P. et al. “Avanços tecnológicos na odontologia e seu impacto no diagnóstico e tratamento conservador.” Pesquisa em Odontologia Clínica e Integrada, v. 32, n. 1, p. 1-9, 2021.

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