Profa. Dra. Liana Serra
CRO MA: 3242
Doutora em Periodontia e Implantodontia – Professora de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
A perda óssea alveolar é uma consequência natural, mas frequentemente indesejada, da ausência de dentes. No entanto, avanços na implantodontia moderna proporcionam soluções científicas para restaurar tanto a estrutura quanto a função da região afetada. Neste artigo, abordaremos as causas da perda óssea, as tecnologias disponíveis para mitigar esse problema e como um planejamento adequado pode transformar sorrisos.
Por que ocorre a perda óssea alveolar?
Após a extração de um dente, o osso alveolar — estrutura que sustenta os dentes — deixa de receber os estímulos funcionais provenientes da mastigação. Isso desencadeia um processo conhecido como reabsorção óssea, no qual o corpo, em resposta à falta de uso, redireciona recursos para outras áreas. Além disso, condições como a periodontite, uma doença inflamatória que afeta o tecido de suporte dos dentes, podem acelerar consideravelmente essa perda.
A perda óssea não é apenas um problema estético. Ela compromete a estabilidade de dentes vizinhos, dificulta a colocação de próteses e pode alterar o formato do rosto ao longo do tempo.
Como os implantes dentários ajudam a preservar o osso
Uma das maiores vantagens dos implantes dentários é sua capacidade de estimular o osso alveolar, preservando sua densidade e forma. Diferentemente de próteses convencionais, os implantes funcionam como substitutos das raízes dentárias, transmitindo forças mastigatórias diretamente ao osso. Isso impede a reabsorção óssea progressiva e promove a manutenção da estrutura facial.
Em casos de perda óssea severa, avanços na ciência permitem a reconstrução da região afetada, possibilitando a instalação de implantes com segurança e previsibilidade.

Avanços científicos em reconstrução óssea
1. Enxertos ósseos
Os enxertos ósseos são a base da reconstrução óssea moderna. Eles podem ser realizados utilizando diferentes fontes:
- Osso autógeno: Retirado do próprio paciente, geralmente de regiões como a mandíbula ou crista ilíaca. Essa técnica oferece alta taxa de sucesso devido à compatibilidade biológica.
- Biomateriais: Substitutos sintéticos ou naturais que promovem a formação de novo tecido ósseo.
- Osso de banco: Proveniente de bancos de tecidos, devidamente processado e esterilizado.
2. Barreiras para Regeneração Óssea Guiada (ROG)
Essas barreiras, confeccionadas em materiais biocompatíveis, impedem a invasão de tecidos moles na área enxertada, permitindo que o osso se regenere de maneira direcionada.
3. Fatores de crescimento
A utilização de fatores de crescimento, como o PRF (fibrina rica em plaquetas), tem revolucionado a odontologia regenerativa. Obtidos a partir do sangue do próprio paciente, esses fatores aceleram a cicatrização e potencializam a formação de tecido ósseo e gengival.
Planejamento personalizado: a chave para o sucesso
Cada caso de perda óssea é único e requer um planejamento minucioso para garantir resultados satisfatórios. Um planejamento bem-sucedido considera:
- Análise interdisciplinar: Envolvendo periodontistas, implantodontistas e, em alguns casos, cirurgiões buco-maxilo-faciais.
- Exames por imagem: Tomografias computadorizadas ajudam a avaliar a densidade e o volume ósseo, permitindo o planejamento virtual da cirurgia.
- Abordagem humanizada: Compreender as expectativas do paciente é essencial para alinhar os resultados funcionais e estéticos.
Conclusão
A perda óssea alveolar, embora comum, não precisa ser uma condição definitiva. Graças à implantodontia moderna e aos avanços em reconstrução óssea, é possível reabilitar a estrutura e a função da região afetada, devolvendo ao paciente qualidade de vida e confiança.
Se você é estudante de odontologia ou paciente interessado em saber mais sobre esses tratamentos, navegue pelo meu blog e explore conteúdos exclusivos.
Profa. Dra. Liana Serra
Periodontista | Implantodontista
“Transformando sorrisos, inspirando futuros“.
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Referências
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